Em 2024, na Bienal do Livro da Bahia, saí carregando mais do que histórias: comprei muitos livros, a maioria de autores nacionais que estavam lá, vivi a experiência inesquecível de conhecê-los, abraçá-los e pegar autógrafos. Logo depois, na Black Friday, mesmo sem ter lido tudo o que trouxe da Bienal, comprei ainda mais.
De repente, eu não tinha espaço na estante… e muito menos tempo para honrar todas aquelas leituras. Foi aí que percebi como o consumismo silencioso tinha se infiltrado até no meu amor pela literatura, transformando desejo em acúmulo.
Decidi então me lançar um desafio: ficar 1 ano sem comprar livros.
Um ano inteiro reaprendendo a olhar para minha estante com calma, relendo histórias que adiei, descobrindo tesouros esquecidos e entendendo que leitura não é sobre ‘ter mais’, mas sobre viver melhor cada página.
E agora, em novembro, fecho esse ciclo com o coração mais leve.
Esse ano sem compras virou um exercício de consciência, afeto e presença.
Mudou meu olhar para a literatura e para a minha vida.
Desacelerar transformou minha relação com os livros… e comigo mesma.

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