Primeiras Impressões: Mitologia Eslava - Editora Alarde

 


Olá meus leitores, como estão? hoje vim trazer um post de um quadro que estava um pouquinho sumido aqui do blog, não é mesmo?

 



Sinopse: Dizem que conhecer a mitologia é conhecer a si mesmo. Reunimos dez autores para criar novas histórias ou recontar as origens dos Deuses, criaturas e seres sobrenaturais que fazem parte da Mitologia Eslava. Nestas páginas, as lendas ganham vida.


Pré-Venda: Editora Alarde 





Primeiras Impressões:

Essa foi a minha primeira experiência literatura eslava, eu conhecia somente o conto da Baba Yaga por conta de filmes e desenhos de seres mágicos, mas adoro livros de mitologia, e não foi diferente com este, o livro possuem diversos contos inspirados em lendas da mitologia nórdica, composto por autores nacionais. 

 A antologia reune vários contos, cada um mais original e atraente que o outro, a leitura é bem fluída e te faz querer mais, indo pesquisar assim, mais sobre os contos da mitologia eslava que compõe esse universo tão rico e envolvente. 

Li os primeiros 3 contos desse livro, "O velho do rio", "Por detrás da neblina" e "A última casa da rua antes da floresta sombria", o meu preferido foi o velho do rio, baseado na lenda do Vodyanoy. 



Vodyanoy 

É um espírito aquático masculino. Aparece como um velho nu com rosto de rã, barba esverdeada, cabelo comprido e corpo coberto de algas e sujeira, geralmente revestido de escamas pretas de peixe. Tem patas espalmadas em vez de mãos, um rabo de peixe e olhos que ardem como brasas. Afogamentos locais seriam obra sua (ou das Rusalki), porque, quando está irritado, afoga pessoas, quebra barragens e lava moinhos de água. Pescadores, moleiros e apicultores fazem sacrifícios para acalmá-lo. 

(Fonte: Editora Alarde)


Esse conto me doeu bastante principalmente pelo fato do Rodrigo conseguir transparecer a dor da Anya atrás das palavras, você se apega tanto a personagem que até torce para que algo de ruim aconteça com o padrasto, pois o único desejo, é que ela não viva mais aquela aflição toda vez que ele chegava em casa bêbado, e esse conto também trás para uma critica social extrema, vivida por muitas mães solos.

Os outros 2 contos são extremamente envolvente, o baseado na histórica da Baba Yaga, eu adorei, nunca imaginei aquela bruxa descrita da maneira como foi. 

A leitura é bem fluída, a diagramação está magnifica, esse, é sem dúvida, um livro que estou louca para ler a continuação. 


O livro está em Pré-Venda, então aproveita e corre pro adquirir o seu exemplar no site da editora 


Formei em Engenharia!

 


Eu realmente nem acredito enquanto digito esse post, a ficha ainda não caiu que finalmente me formei em engenharia, ainda me lembro do primeiro dia de aula, eu estava super feliz com minha mochila e meus materiais novos esperando na porta de casa enquanto aguardava o ônibus (quanto a isso era privilegiada, pegava e descia do ônibus bem na porta de casa, na maioria das vezes), quando cheguei na faculdade fui para a sala indicada, mas acabou que não era a sala correta e só fui perceber quando notei que era uma aula voltada para saúde, o erro não parou por aí, durante os 5 anos de curso, entrei em salas erradas várias vezes, assistir aulas que não estavam no meu cronograma, mas ao longo desse período também tive momentos fantásticos, me apaixonei por materias, me apróximei de professores que depois se tornaram grandes mentores e amigos, fiz amizades que irei levar para toda a vida. 

É estranho pensar que esse ciclo, pelo qual esperei tanto tempo se encerra, mas com ele a incerteza sobre o que fazer agora, incerta essa, que gera ansiedade e até medo do futuro que me aguarda. Essa conquista não é somente minha, mas de todos que me acompanharam nesse processo, e também de vocês que acompanharam o blog e tiveram a paciência de me esperarem durante diversos período em que precisei me ausentar. 

Que esse novo ciclo, traga diversas coisas novas e com ela, muitas novidades aqui no blog. 










Resenha #88: Ao Sabor do Tempo - Françoise Héritier

 

Autora:  Françoise Héritier
Tradutora: Maria de Fátima Oliva Do Coutto
Editora: Valentina 
Número de Páginas: 160
Ano de publicação: 2022

Nota: 



Sinopse: 

Ao Sabor do Tempo é como um convite de Françoise Héritier para redescobrirmos as dores e, principalmente, as delícias da nossa existência. Assim como em O Sal da Vida, a primeira parte da obra, intitulada Colcha de Retalhos, elenca, como uma espécie de poema em prosa, uma coletânea de sensações, trocas e experiências individuais que, diariamente, dividimos com pessoas próximas e com o mundo. Uma verdadeira homenagem à dádiva que é viver.

Já na segunda parte, chamada Modelagem, a autora procura nos oferecer, através de uma associação de ideias e de uma maneira não biográfica, uma representação de fatos e materiais que moldaram sua trajetória. Passagens engraçadas e espirituosas nos fazem viajar pela vida de Françoise e conhecer sua relação com o grande Claude Lévi-Strauss, entender algumas questões que envolveram tornar-se uma mulher independente e ser uma erudita num meio acadêmico extremamente machista.

Uma leitura prazerosa, repleta de sabedoria.




Resenha: 

Esse foi um livro de difícil leitura para mim, um livro que me fez sair da zona de conforto. 

O livro é divididos em 2 partes, a primeira parte chama-se Colcha de retalhos, onde a autora traz uma espécie de texto único com toda a homenagem e história da sua vida, essa primeira parte foi o que menos gostei no livro, a leitura sem paragrafo ou capitulo acabou tornando para mim uma leitura maçante e cansativa, onde eu precisava ler diversas vezes para entender o assunto abordado e a união com o próximo, entretanto, acredito que escrever o todo o texto desse modo foi uma intenção da autora de uma narrativa mais lírica, mais poética, como se cada assunto unindo a outro formasse uma colcha, justamente o título dessa parte. 
A segunda parte do livro, chamada de modelagem, foi escrita de outra maneira e para mim, a leitura fluiu super bem e rápida até, nessa segunda parte, chamada de Modelagem, Françoise buscou escrever sua biografia de uma maneira não biográfica, e a forma como todos aqueles acontecimentos serviu para tornar a pessoa que ela havia se tornado, misturando em um único conceito o tempo e sabedoria, onde ambos estão interligados.

Esse é um livro que te faz refletir sobre a sua vida e existência, te faz pensar sobre a forma como lidar com a sua vida de forma atual e para que você possa dar mais importância a todos os detalhes  e valorizar até mesmo os pequenos acontecimentos que lhe rodeiam 

Onde lembranças e acontecimentos dão sabor ao tempo que se passa, adorei bastante conhecer sua história mais a fundo, vê sua força de desejo e esforço ao vê-la batalhar pelo que acreditava numa época onde ainda, as mulheres não tinham seus direitos conhecidos e respeitados. A sua história no continente Africano é inspiradora, saber que todos aqueles acontecimentos, e em um deles esteve a beira da morte, vê o quão forte ela era, inspira para que possamos enfrentar as situações da vida sem temer e desacreditar na força que temos, além de falar a respeito do machismo e mencionar sobre a sua luta pela igualdade das mulheres. 

É possível sentir todas as emoções que a autora queria transmitir, suas vivências, ações e tudo que elencar os acontecimentos. 

"alegrar-se por se saber mortal, afinal é isso que justifica saborear a vida."

Para ela, somos um pouco de cada pessoa que passou por nossas vidas, além de falar sobre várias referencias de filmes, livros, atores, peças, etc. Eu me interessei por várias e já adicionei em minha lista de livros desejados e filmes que quero assistir. 

Estou ansiosa para ler o primeiro livro da autora, chamado O Sal da Vida, onde ela cita algumas vezes ao longo do livro, mas nada que impeça a leitura e entendimento deste.

A diagramação está magnifica, amei a arte da capa. A leitura trás uma paz enorme e uma experiência muito frutífera. Adorei o final do livro, onde possui algumas páginas em branco para que você mesmo escreva sobre o que é para ti o sal da vida, e eu, que amo escrever e grifar livros, amei esse detalhe, que enriquecem ainda mais a experiência do leitor. 

Esse é um livro magnifico, pois conta com fragmentos da vida de uma profissão incrível, feminista que abriu portas em um mundo ainda dominado por homens numa realidade bem difícil para a mulher. Super necessário a leitura e conhecimento da sua história. 

Se você gosta desse tema, também irá amar esse livro. 


Sobre a Autora: 



Françoise Héritier, 1933, antropóloga e etnóloga, autora, entre outras obras, de Deux soeurs et leur mère e de Masculin/Féminin, é professora honorária do Collège de France, onde dirigiu o Laboratório de Antropologia Social (criando a cátedra de Estudos Comparados das Sociedades Africanas) e sucedeu Claude Lévi-Strauss (a pedido do próprio). Foi diretora da École des Hautes Études em Ciências Sociais e presidente do Conselho Nacional de combate à AIDS.

Exemplar recebido em parceria com a Editora Valentina 

CARTAS PARA O INVISÍVEL - Lincoln Aramaiko

 


Vencedor do Prêmio Orgulho na Valentina


Em junho de 2021, a campanha Orgulho na Valentina foi lançada, para selecionar o primeiro livro da editora carioca com temática LGBTQIAP+. Em três meses, foram 57 originais recebidos, de gêneros variados e autores de diversas partes do país. Em janeiro deste ano, saíram os cinco finalistas e em março, o vencedor, Cartas para o invisível, de Lincoln Aramaiko, que chega agora às prateleiras de todo o Brasil.

“Ficamos muito felizes com a ação, não só pela quantidade, mas principalmente pela qualidade do material recebido. Foram meses de muito trabalho e conversas para escolher o vencedor, e é muito gratificante anunciar o primeiro livro com temática LGBTQIAP+ da Valentina através de uma iniciativa verdadeiramente inclusiva e aberta à diversidade", afirma Rafael Goldkorn, publisher da Valentina.

O romance, que chega aos leitores com texto de orelha assinado pelo crítico literário José Castello e prefácio de Murilo Araújo (@muropequeno), criador de conteúdo sobre vivências LGBTQIAP+ e Negras, mistura a temática LGBTQIAP+ com outros temas igualmente importantes e delicados, como saúde mental e suicídio. “Queríamos que o vencedor do prêmio Orgulho na Valentina tivesse um diferencial na abordagem LGBTQIAP+. E foi exatamente em Cartas para o invisível que esse diferencial se mostrou plenamente: uma narrativa terna, delicada, emocionante mesmo, permeando a dor, a humilhação, a crueldade vivenciadas por aqueles que precisam lutar para não se tornarem invisíveis aos olhos da sociedade”, diz Rosemary Alves, diretora editorial.

Na trama, Esdras é um jovem desencantado com a vida que topa o desafio de dedicar seu tempo a entregar as cartas de despedida de Lélio, um amigo de infância distante que cometeu suicídio. O motivo? Ele não sabe. O que as cartas dizem? Também não faz ideia. Buscando por destinatários desconhecidos e sem ter para quem ou para onde voltar, Esdras se aventura numa travessia que pode mudar seu futuro.

Entre culpas tardias e lembranças perdidas, ele terá a oportunidade de compreender que estar à margem é uma consequência, não uma escolha. E isso faz toda diferença na maneira como vê o mundo e, principalmente, como se vê. Em meio aos acontecimentos do presente, o conteúdo das cartas e flashbacks, o leitor é convidado a montar junto com o protagonista um envolvente e delicado quebra-cabeça. E assim como ele, a experimentar diferentes sentimentos e questionar suas certezas. Como a boa literatura é capaz de fazer.

Lincoln Aramaiko (@aramaiko) nasceu no sul da Bahia e atualmente mora em Salvador. É estudante de Medicina na UFBA, mas já tentou ou se formou em quase tudo: analista de sistemas, designer gráfico, editor audiovisual, bacharel em Saúde. Escrever foi a grande constante da sua vida, desde a adolescência ou desde que teve a audácia de questionar Eça de Queiroz ao reescrever o fatídico destino de Amélia em O crime do (maldito) Padre Amaro. Cartas para o invisível é seu primeiro romance.



ENTREVISTA COM O AUTOR


Você utiliza um elemento em 'desuso' nos dias atuais - a carta - para falar de um tema muito contemporâneo - o respeito à diferença - e dar forma à narrativa. De onde veio a inspiração para construir um romance onde as missivas são fundamentais para contar a história cruzada de Esdras e Lélio?

LA: Em Cartas para o invisível Esdras inicia o livro deletando suas redes sociais “habitadas por desconhecidos”. Na outra ponta da história temos Lélio, um personagem que viveu na dualidade de estar isolado do mundo e ao mesmo tempo na ânsia de se reconectar às pessoas, e que certamente tentou usar todas as tecnologias de comunicação para isso. Estamos em 2022, e passamos o dia nutrindo as nossas relações reais de forma virtual, algo que ameniza a pressa e as distâncias da nossa rotina. As cartas, de fato, estão em desuso, mas nós também: estamos sempre online, mas começamos a perder a habilidade de estar presentes na vida das pessoas. Não é por acaso que paramos de telefonar, odiamos ouvir áudios longos e perdemos a paciência com mensagens com mais de 280 caracteres. No entanto, Lélio não pediu apenas que Esdras entregasse as cartas, o maior valor do seu pedido era: “entregue as cartas em mãos e receba os olhares e os sorrisos que eu tanto quis ver”. O romance é menos sobre as cartas e mais sobre um remetente, seus destinatários e o entregador. Lélio certamente compreendeu que as atuais formas de comunicação encurtam distâncias, mas nem de longe tornam as pessoas menos sozinhas; e o meio que surge como o intento que leva uma pessoa até a outra são as cartas. Além disso, eu demorei pra ter um computador em casa. A ideia de escrever à mão fez parte da minha vida, então colocar papel e caneta na mão de um personagem não soou como algo tão distante do hoje. Eu, particularmente, nunca fui de escrever cartas... mas adoraria receber.


Das artes gráficas à saúde, até chegar à literatura. Como a sua trajetória influencia a sua escrita? Ou qual seria o ponto em comum entre essas escolhas?

LA: Acredito que eu sempre levei muito a sério quando me descubro em algo novo. E é engraçado porque eu olho para trás e não vejo nenhuma das minhas escolhas como equívocos ou “perda de tempo”. Não me acanho de mudar o trajeto, mas nunca foi por indecisão ou frustração... foram mudanças de encantamento. O design gráfico (e suas derivações voltadas para o audiovisual), como meio de trabalho, é oportuno pela flexibilidade que preciso na minha rotina atual, já que faço medicina numa universidade pública de período integral. Já a escrita literária em si nunca entrou nas transições profissionais porque ela nunca deixou de existir em paralelo a tudo que já fiz. Para além das profissões, a grande mudança sempre esteve em mim... e isso acompanhou a minha forma de escrever, minha forma de querer contar sobre o mundo e o que me chama a atenção. Por onde passei nas minhas experiências acadêmicas e profissionais, pude observar e vivenciar diferentes realidades e pessoas completamente diferentes; penso que isso, de alguma forma, me abastece de possibilidades infinitas de contar histórias. Por exemplo, enquanto questões sobre saúde mental atravessam os diálogos de vários personagens, alguns grafismos simples, como variações na tipografia, me ajudam a contar uma história complexa, de trás pra frente e sob a influência de pontos de vista de diferentes personagens.


"Tornar visível a diversidade": para você, a literatura pode salvar? É curiosa a interseção entre medicina e literatura, na trama (depressão, suicídio, transtornos emocionais) e na sua escolha profissional. Tivemos outros médicos que se tornaram escritores, mas não é o caminho mais usual. Pode falar um pouco sobre isso?

LA: Eu serei um médico, mas nunca serei só um médico. Eu não conseguiria deixar para trás as aulas de História da Arte; não vou esquecer do pragmatismo de construir um algoritmo de programação; não posso abandonar as perspectivas que aprendi de Paulo Freire... tudo isso veio antes da medicina e permanecerá. Nesse livro, alguns personagens transitam por diferentes doenças e transtornos mentais, que repercutem na vida deles e dos que os cercam. O destaque para a saúde mental permeia a minha preocupação com uma medicina mais humanística, que acredita e reproduz a ideia de que saúde não é só a ausência de doenças. E a falta de um personagem médico não é um acaso, mas sim uma desmitificação da medicina como protagonista na vida daqueles que dependem dela; não em negação à ciência (longe disso!), mas uma abstração literária para ressignificar e valorizar o que o ser humano tem de inexplicável. Afinal, a arte e a ciência, respectivamente, reproduzem e estudam aquilo que conhecemos da vida, mas sobretudo o que é incompreensível. É pela arte que conseguimos descobrir ou reencontrar outras tantas formas de viver, não apenas sobreviver.


Cartas para o invisível

Autor: Lincoln Aramaiko

Páginas: 344

Formato: 16x23

Preço: R$ 59,90

Preço e-book: R$ 39,90

Assessoria de imprensa: Aguaviva Comunicação Cíntia Borges: cborges@aguavivacomunicacao.com Adriana Sardinha: asardinha@aguavivacomunicacao.com


Créditos: Editora Valentina 

Kleyde Azevedo. Canceriana, 25 anos, Baiana, Escritora, 5 livros publicados, Engenheira Eletricista e pós graduanda em energias renovavéis. Apaixonada por Harry Potter, livros, séries, chocolates, cheiro de chuva, culinária e viagens. Fotógrafa amadora e atriz nas horas vagas. Não começa o dia sem uma xícara de café nem termina sem uma de chá.

Procurando algo?

Caixa de Busca

Destaque

Vou para a Bienal do Livro da Bahia! + O BEDA Falhou

  Oie meus leitores, como estão?  Eu nem acredito que estou fazendo esse post!!! Sempre foi um sonho para mim para participar de uma bienal ...

Instagram

Facebook


Seguidores

newsletter

Posts Populares

Arquivo do blog

Tecnologia do Blogger.

Editora Valentina

Editora Flyve

Editora Vecchio

Editora Vecchio

Appris Editora

Editora Codal

Editora Codal