Entrevista com o autor Nick Farewell

Eu sempre sonhei em ser escritora, desde pequena quando me perguntaram o qual eu queria ser quando crescer eu sempre respondia duas opções e uma delas sempre era ser escritora. quando eu tinha 7 anos queria ser escritora e arqueóloga, aos 10 escritora e medica, aos 13 escritora e astronauta, aos 15 escritora e engenheira. Por muitos anos a duvida profissional me segui, mas de uma coisa nunca tive duvida, eu queria me tornar escritora. em 2015 li o livro GO de Nick Farewell, e a partir deste dia aquele livro me inspirou a realmente lutar pelos meus sonhos. Esse é um dos meus livros preferidos e me tornar amiga do Nick foi uma das melhores coisas que já fiz. Ele me inspira tanto em sua literatura quanto na sua forma de viver. (Nesse post você encontra as melhores frases do livro GO)

(Edson e eu no lançamento do livro o segredo da crisalida) 

No inicio de 2015 eu comecei a pesquisar editoras nacionais que publicam originais, entretanto minha esperança se esvaziaram pois era muito caro publicar um livro, e eu tendo apenas 15 anos não tinha condições nenhuma. ate que visitando blogs literários encontrei a Andross Editora e foi através dela que publiquei todos meus livros. Foi fantástico a sensação de ver meu nome escrito na capa de um livro, finalmente meu maior sonho ia ser realizado. Foi fantástico o lançamento do livro em São Paulo, fui abordada por diversos autores elogiando minha forma de escrita, tirei varias fotos e dei vários autógrafos. Se voce quer ser escritor e vê como foi esse evento em Sao Paulo, visite esse post

Esses foram momentos importantes na minha vida para a construção da minha carreira, o post de hoje é muito especial, é uma entrevista com Nick Farewell. 

aproveite para conhecer um pouco sobre esse autor fantástico e se maravilhar com suas obras. 

1. Dose De Poesia: Em qual momento da sua vida você começou a se envolver com a escrita? Qual foi a opinião da sua família/amigos em relação a isso?

Nick: Escrever, escrever, diria que quando comecei a escrever o primeiro romance GO. Nunca quis ser escritor. Nunca pensei sobre a opinião de família ou amigos sobre isso. Eu só escrevia e escrevo.

2. Dose de Poesia: Dizem que os personagens tem muito de próprio autor, em algum momento voce utilizou-se da própria personalidade para criar algum personagem?

Nick: Pode ser. Mas se os personagens apenas contém você, você não será um bom escritor. Aliás, não será um bom ser humano. Um bom contador de história precisa ter todas as personalidade do mundo dentro de si. Pelo menos tentar ter. Diria que todos os personagens contém um pouco de mim, mas ao mesmo tempo não tem nada de mim. É mais correto dizer que eu me faço personagem. Sou todos eles, mas nenhum deles sou eu.

3. Dose de Poesia: Go, é um dos melhores livros que li durante toda minha vida. De onde veio inspiração para escrevê-lo?

Nick: Queria escrever um livro que pudesse ajudar meus amigos artistas. Como não funcionava dizer que eles tinham talento e que deveriam continuar, criei um mito moderno. As pessoas precisam vivenciar para que possam sentir e entender. Essa é a função do mito. GO na verdade, é uma fábula.

4. Dose de Poesia: De inicio algum escritor/livro te influenciou a publicar ou quis fazer isso por conta própria?

Nick: Publicar não. Mas tenho meus escritores favoritos que me influenciaram na vida. São James Joyce, Thomas Mann e Ernest Hemingway. Costumo dizer que os escritores são meus heróis e médicos. O que tento é chegar ao nível desses escritores. Tarefa quase impossível. Mas estou tentando.

5. Dose de Poesia: Voce utiliza-se de algum material como referencia para escrever ou é simplesmente inspiração?

Nick: Material de referência é a vida. Mas faço bastante pesquisa nos assuntos que não conheço. Chego a demorar muito mais tempo pesquisando do que escrevendo. E inspiração, tento não depender. O que aprimoro é o meu processo de criação. Ter disciplina faz diminuir a dependência que você pode adquirir da inspiração. Às vezes exagero dizendo que a inspiração é coisa de medíocre. Eu tento ter um processo para ter continuidade e ter menos interrupção possível.

6. Dose de Poesia: Alguém já criticou sua forma de escrever? Voce mudou depois disso?

Nick: Crítica você sempre vai receber, que seja na escrita ou na vida. Não me importo muito com o que as pessoas dizem. Quem sejam elogios ou críticas. É claro que os elogios são importantes para continuar o que está fazendo, mas presto bastante atenção também nas críticas para poder me melhorar. Aliás, não tenho forma de escrever. Eu tento adaptar e encontrar estilo que se encaixe para cada livro que escrevo.

Enfim, o que busco é a minha excelência. O meu parâmetro é o quanto meu texto contém verdade e me ilumina e ilumina os outros. Eu não mudo e não mudei. Eu apenas persigo.

7. Dose de Poesia: Acredito que assim como o personagem do livro GO, todo escritor passa pela fase de rasgar seus manuscritos. Em algum momento da vida voce passou por esta fase?

Nick: Nunca. O rasgar do manuscrito do Mr. Fahrenheit é insegurança. Auto-sabotagem. Auto-piedade. Eu corrijo os meus escritos ate ficar perfeito (na minha opinião, claro). Não seria rasgar. Nem abandonar. É mudar, corrigir e principalmente reescrever. Eu reescrevo quantas vezes for preciso até ficar perfeito.

8. Dose de Poesia: Qual seu livro e autor preferido?

Nick: Já falei antes, mas meu livro preferido é “As Cabeças Trocadas” de Thomas Mann e meu escritor favorito é James Joyce.

9. Dose de Poesia: Quais seus próximos projetos?

Nick: Milhões (rs). Tenho uma HQ e um novo romance que vai ser publicado em março. Tem filme que escrevi e que vou dirigir e atuar. Tem mais um seriado que vou escrever e dirigir. Penso também no intervalo escrever um novo romance. Ainda tem o filme do GO. É o que lembro agora. (rs) Mas tem muito mais.

10. Dose de Poesia: Qual a mensagem que gostaria de deixar para seus fãs?   

Nick: É... essa coisa de ter fã. A mim são leitores. Mas sei que há diferença entre esses termos. Fã é muito mais passional. E de fato, meus leitores são muito passionais.

Gostaria dizer para os meus leitores que nunca desistam. Que sempre existe a saída. E percorra uma estrada que seja só sua. Que acima de tudo, se esforcem ao máximo. Nada vem de graça. Não conseguimos nada sem sangue, suor e lágrima. 

Gostaram da entrevista? Já leram livros da autor?

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