Autora: Toshikazu Kawaguchi
Editora: Editora Valentina
Número de Páginas: 232
Ano de publicação: 2023
Nota:
Sinopse:
Aos pés do Monte Hakodate, no norte do Japão, bem no meio de uma ladeira, existe um estabelecimento – assim como o Funiculì Funiculà de Tóquio – onde, apesar das irritantes regras, é possível viajar no tempo. No Café Donna Donna, vamos reencontrar Nagare e Kazu, e conhecer sua adorável fi lha Sachi, de sete anos.
Em Antes que o café esfrie 3, conheceremos quatro pessoas que precisam viver essa experiência.
Nesta pungente e calorosa continuação da série que encantou 3 milhões de leitores ao redor do mundo, além de novos e encantadores personagens, seremos apresentados a um enigmático livro: o que você faria hoje se o mundo acabasse amanhã?: 100 perguntas.
Para que viajar no tempo se não é possível transformar a realidade, se o presente não muda?
Essa pergunta, contudo, seguirá martelando a cabeça dos leitores.
Resenha:
Neste 3 livro, vemos a mesma premissa dos outros 2, entretanto muitas das histórias se cruzam, a premissa principal é a reflexão sobre a morte, confesso que chorei em vários trechos, me fez refletir muito sobre a vida, as pessoas a minha volta e valorizar os pequenos momentos ao máximo.
Este livro é composto de 4 contos intitulados: a filha, o comediante, a irmã e o rapaz. Somos levados a encarar a morte de maneiras distintas, através da visão dos personagens e suas vivências.
O primeiro conto é sobre uma mulher que volta no tempo culpando seus pais por terem morridos e a deixarem sozinhas, mas assim que ela retorna ao presente, a mãe aparece naquela cadeira, naquele exato momento, porém bem mais magra e com as roupas surradas, e ao ser questionada, ela queria ir para um momento feliz em vê os seus filhos. Esse conto foi sem dúvida um dos meus preferidos.
O segundo conto um comediante vai ao café para encontrar o seu amigo desaparecido que foi atrás da esposa falecida, é um conto que aborda luto, síndrome de burnout e objetivos futuros para a vida.
O terceiro, da irmã, ela retorna ao passado para encontrar a irmã e a reflexão é linda.
E o último conto, vemos Renji, que volta ao tempo para se declarar para a sua amada, que faleceu precocemente.
Somos levados a refletir em fazer hoje, falar hoje, amar hoje, pois o amanhã pode não existir.
Vemos um pouco mais sobre Nagare e sua esposa, e o sacrifício que ela fez pela filha, eu como mãe, me emocionei muito. Neste livro conhecemos a Sachi, a filha de Kazu, uma fofa e apaixonada por livros. E estamos em um novo café o Donna Donna, localizado no norte do Japão.
E assim como no café Funiculi, Funiculá, as regras continuam as mesmas:
1. Você só pode encontrar no passado pessoas que já estiveram no café.
2. Você não pode fazer nada no passado para mudar o presente.
3. Na cadeira que permite voltar ao passado, e há somente uma, tem um cliente sentado. Você precisa esperar que ele ou ela se afaste da cadeira.
4. No passado, você precisa ficar sentado no mesmo lugar e não sair dele em nenhum momento.
5. Há um limite de tempo. A permanência no passado terá início quando o café for servido e você precisará voltar antes que ele esfrie.
Em paralelo dos 4 contos, a Sachi possui um livro chamado "O que você faria se o mundo acabasse amanhã - 100 perguntas", o que torna a leitura ainda mais reflexiva, pensando em quais seriam nossas respostas.
Não conseguimos mudar o presente, mesmo viajando para o passado e futuro, mas essa viagem é capaz de modificar a nossa percepção atual.
Eu já estou ansiosa pelos próximos exemplares da coleção, e tenho certeza que irei adorar.
Já leu? Gostou? me conte nos comentários.
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